domingo, 25 de dezembro de 2011

F e l i z N a t a l

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mensagem Papa Bento XVI

Santa Sé divulga Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da PazSEX, 16 DE DEZEMBRO DE 2011 14:06POR: CNBB?RADIO VATICANO


PACE1A Santa Sé divulgou, nesta sexta-feira, 16 de dezembro, o texto da Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012, que se celebra em 1º de janeiro.
Eis a íntegra da Mensagem:
EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ
1. INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confi ança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fi que marcado concretamente pela justiça e a paz.
Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora »(v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque
sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações.
Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.
Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista.
Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial
da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.
A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, econômica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.
Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.
As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efectiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.
É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6).
Os responsáveis da educação
2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere– significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.
E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ». Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.
Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.
Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.
Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.
Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito--dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Atuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idôneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência.
Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos. Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade atual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de fato, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.
Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.
Educar para a verdade e a liberdade
3. Santo Agostinho perguntava-se: « Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? ». O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De fato, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence.
Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: « Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o fi lho do homem para com ele Vos preocupardes? » (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem?
O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o fato de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa.
Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que « o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões », incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele econômico ou social, individual ou coletivo.
Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De fato, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.
A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. « Hoje um obstáculo particularmente insidioso à ação educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de fato, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum ». Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado. Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem caráter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.
Assim o reto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.
Educar para a justiça
4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De fato, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.
Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios econômicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora « a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo ».
« Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados » (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.
Educar para a paz 5. « A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade ». A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.
A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser ativos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos.
« Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus » – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9). A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.
Levantar os olhos para Deus
6. Perante o árduo desafi o de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: « Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio? » (Sal 121, 1). A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: « Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? ». O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).
Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação. Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.
Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.
Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz ».

Vaticano, 8 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bispo do Haiti visita Fortaleza

Bispo do Haiti visita Fortaleza

Publicado em: 12/12/2011

Está em Fortaleza, o Reverendíssimo Dom Joseph Gontrand Décoste, SJ, Bispo da Diocese de Jerémie, do Haiti. O religioso vem agradecer pessoalmente os paroquianos da Paróquia da Paz as doações feitas à sua Diocese após o terremoto de janeiro de 2010.
Dom Joseph ficará em Fortaleza até o dia 19 deste. Durante o período que ficará na capital cearense ele participa de várias atividades na paróquia.
No próximo dia 15 de dezembro de 2011, às 9 horas, no Auditório da Paróquia Nossa Senhora da Paz, Dom Joseph Gontrand Décoste, se encontrará com a Pastoral da Comunicação (PASCOM) da Arquidiocese de Fortaleza onde partilha a situação do Haiti.
Lembrando
O terremoto de magnitude 7 atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro de 2010 onde mais de 200 mil pessoas morreram, 300 mil ficaram feridas e mais de um milhão de desabrigados. O Haiti é considerado o país mais pobre das Américas.
Contamos com a presença de todas as equipes da Pascom das paróquias e das Regiões Episcopais.
Informações (85) 3224. 2398 ou (85) 3388.8703
                


  

III DOMINGO DO ADVENTO


Pe. Francisco IVO, CM 

Dia 11/12/2011 - Domingo
III DOMINGO DO ADVENTO
(COR ROXO  – III SEMANA DO SALTÉRIO)

Os versículos escolhidos para este III Domingo do Advento nos põem em contato com a figura de João Batista. Ele projeta luz sobre a missão da testemunha. Mostra, também, que o testemunho supõe, na maioria dos casos, uma situação hostil e de conflitos. A testemunha é uma pessoa comum, um ser humano, com identidade própria, que Deus credenciou. A missão de João é ser testemunha e dar testemunho da luz, a fim de que todos cheguem à fé. Introduzindo o tema da luz, o evangelista mostra o conflito que envolve a testemunha. De fato, pouco antes, o Prólogo afirmara que as trevas tentaram apagar a luz. É uma referência ao tipo de sociedade que busca sufocar a vida em todas as suas expressões.
O povo da Bíblia dizia que a Lei de Moisés era a luz da humanidade. Esta só teria vida quando tivesse aceitado o jugo da Lei. O Prólogo, ao contrário, garante que a vida trazida por Jesus, e não a Lei, é que é a luz da humanidade. Quando o mundo todo se unir em torno da defesa da vida, então é que poderemos afirmar que a vida trazida por Jesus começa a se realizar de modo pleno.
Os estudiosos concordam em afirmar que os judeus não são o povo como um todo, e sim as lideranças injustas instaladas em Jerusalém: elas estão atentas e prontas a tomar medidas contra qualquer pessoa que pretenda desestabilizar o sistema de morte por elas implantado. Antes de tentar apagar a luz-vida que é Jesus, elas querem eliminar João, a testemunha. Isso porque o grupo de sacerdotes e levitas enviados de Jerusalém é uma espécie de comissão de inquérito que vai investigar as intenções, palavras e ações da testemunha que é João. Os levitas são a polícia do Sinédrio, o supremo tribunal daquele tempo. A comissão investigadora vai logo perguntando: Quem é você? A resposta de João nos fala das suspeitas dos investigadores: temiam que João se declarasse o inaugurador de nova ordem social, um líder de movimento popular que se opusesse às autoridades existentes. Os que enviaram policiais de Jerusalém têm medo de perder cargos e privilégios, pois imaginam que o Messias que está para chegar seja um reformador das instituições. João nega também ser Elias e o Profeta. Naquele tempo pensava-se que Elias viria para restaurar o povo da antiga aliança. João não anuncia um restaurador, e Jesus jamais o será, pois ele é o portador da nova Aliança baseada na vida. Pensava-se também que o Profeta seria uma espécie de segundo Moisés, na linha da promessa contida em Dt. 18,15. João não anuncia o continuísmo tradicional, pois Jesus irá trazer a novidade da nova Aliança.
A comissão de inquérito sossega um pouco, mas não se satisfaz. E continua investigando: Quem é você? Temos que levar uma resposta aos que nos enviaram. Quem você diz que é? João se autodefine como uma voz que grita no deserto: Endireitem o caminho do Senhor. Mencionando o deserto, o evangelho aponta para a nova sociedade que está para chegar com Jesus. João veio tirar os obstáculos que impedem a construção do novo. E os principais empecilhos são justamente as autoridades que mantêm o povo dominado. Elas entortaram o caminho do Senhor, impedindo ao povo o acesso à vida. Os investigadores não se contentam e procuram pôr a testemunha contra a parede: Então por que você batiza, se não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta? Os fariseus acreditavam que batizar fosse, de certo modo, assumir as prerrogativas do Messias, de Elias e do Profeta que viriam para renovar as instituições. Para João, o batismo tem outro sentido. Com esse gesto ele quer demonstrar a ruptura com a instituição e o tipo de sociedade que ela representa, apontando para um batismo novo, que consiste na aceitação daquele que não conhecemos de forma plena. Só conheceremos plenamente a Jesus quando aderimos de modo total ao projeto de liberdade e vida que ele traz.
Que o Bom Deus nos ajude a abraçarmos de forma mais vigorosa o Projeto trazido por seu Filho Jesus.


Uma ótima semana a todos!

Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo

domingo, 30 de outubro de 2011

31º Domingo do Tempo Comum

 

Pe. Francisco IVO, CM 

31º Domingo do Tempo Comum
Dia 30/10/2011 - Domingo
(III Semana do Saltério)
(Cor Verde)Dia Mundial das Missões



O conflito entre Jesus e as autoridades, como pudemos observar ao longo desses últimos domingos do Tempo Comum, foi se avolumando. Agora, no capítulo 23, ele chega ao ponto máximo. Jesus ensina o a não confiar nas autoridades que o mantém dominado. Jesus toma posição entre o povo e as autoridades do povo. Ele está cortando o caminho das autoridades injustas. A partir daqui o povo não irá mais servir aos interesses dessas autoridades, pois Jesus vai desmascará-las, mostrando o novo que a justiça do Reino traz. Jesus mostra ao povo e aos discípulos dele que os doutores da Lei e os fariseus pretendem ser os autênticos intérpretes de Moisés. Sabemos que os profetas eram pessoas profundamente comprometidas com a causa da justiça. Mas os doutores da Lei e os fariseus eram legalistas. Construíram uma religião sem profecia, a religião do puro e do impuro. Moisés foi protagonista da libertação do povo; seus pretensos intérpretes tornaram-se protagonistas da opressão religiosa e do jugo da lei.
O desmascaramento das autoridades injustas começa mostrando que elas são agentes de opressão e não de liberdade e vida para o povo. Este fato continua com a demonstração de como as autoridades religiosas buscam prestígios na vida civil e na vida religiosa. Jesus mostra, ainda, como procuram as mesas das autoridades nos banquetes, os primeiros bancos nas sinagogas e fazem questão de serem reconhecidas em público, sendo chamadas de Mestre. É pura busca de privilégios na vida civil e na vida religiosa. Esses privilégios mantêm o povo dominado sob o peso de enorme fardo.
Jesus dá as costas às autoridades injustas e mostra às multidões e aos discípulos dele o novo do Reino. O novo consiste em não ambicionar privilégios. Há  um só Mestre, um só Pai, um só Líder. Todos, indistintamente, são irmãos, filhos de Deus e seguidores do Cristo. Com isso Jesus suprime todas as hierarquias. Nós estamos tão acostumados a elas, e as buscamos, ambicionamos, que nem nos damos conta da gravidade dessa busca e ambição. Jesus propõe a verdadeira grande e afirma que não há hierarquia. O único valor absoluto é a fraternidade que se põe a serviço: “O maior de vocês deve ser aquele que serve a vocês”. Trata-se de serviço-profecia, como fez Moisés, como fez Jesus. Portanto, a verdadeira grandeza é a doação da vida para libertar o povo dos fardos que o oprimem. Deixemos a Deus a tarefa de exaltar as pessoas, pois somente a ele compete humilhar quem se exaltar e exaltar quem se humilhar. Mas tenhamos certeza de uma coisa: Deus dá a cada um o contrário daquilo que ambicionou.
Que o Bom Deus por meio de seu unigênito Filho Jesus Cristo Nosso Senhor, que veio ao mundo para dar pleno cumprimento da palavra do Pai; ensine-nos a sermos seus imitadores na missão desempenhada por nós através de nosso testemunho de fé na vivência e divulgação dos valores cristãos e evangélicos.
Uma ótima semana a todos!

Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo

domingo, 23 de outubro de 2011

30º Domingo do Tempo Comum



Pe. Francisco IVO, CM 

30º Domingo do Tempo Comum
Dia 23 - Domingo
(II Semana do Saltério - Cor Verde)
Dia Mundial das Missões e da O.P. da Infância


Irmãos e irmãs, neste trigésimo domingo do Tempo Comum, na Primeira Leitura do Livro do Êxodo, nós ouvimos que não devemos oprimir nem maltratar o estrangeiro, pois somos todos estrangeiros nesta terra: somos cidadãos do Céu, fora de casa; peregrinando neste corpo, até o dia de irmos à  casa do Pai. Nessa leitura o Senhor ainda nos assevera de não emprestarmos dinheiro com usura, cobrando juros. Se um irmão nosso clamar a Deus contra nós, ele o ouvirá, porque é misericordioso. Se fizermos algum mal à viúva e ao órfão, sua cólera se inflamará  contra nós.

Com o Salmista nós declaramos ao Senhor nosso amor, pois ele é nossa força e salvação. Amemos o Senhor; Ele é nossa rocha, nosso refúgio e nosso Salvador: é o rochedo que nos abriga, nossa poderosa salvação. Não tenhamos, pois, medo de nada, nem de ninguém: tenhamos medo somente de pecar contra o Amor Misericordioso de nosso Deus. O Senhor é, para nós, como um rochedo que nos abriga e protege. Confiemos nossa segurança e esperança somente nele. Invoquemos que ele nos salve do Maligno e de todos os que nos seduzem e despertam em nós o desejo pelo pecado. O Senhor seja bendito e louvado, ele é nosso Salvador.
Na leitura da primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, somos convidados a nos convertermos e a abandonarmos os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, esperando dos céus o seu Filho, a que ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir.
No Evangelho, segundo Mateus, perguntaram a Jesus para experimentá-lo: “Mestre, qual é  o maior mandamento da Lei?” Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu entendimento” Este é o maior dos mandamentos ensinados por Jesus. O segundo mandamento é semelhante a esse: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. A Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos. Nesta liturgia dominical o Senhor nos convida a não ficarmos indiferentes ao novo mandamento do Amor: Amar a Deus e ao próximo, hoje e sempre. Não existe especificidade no amor: amar é amar, e basta! Amor que é verdadeiro não conhece exclusão ou discriminação: é completo e total. Amor verdadeiro é abundância de ser, de felicidade que se transborda e precisa ser comunicada aos outros.
Na concepção dos antigos pensadores gregos, o amor era apenas um sentimento erótico, ou seja, apenas uma condição de carência e de imperfeição que impunha ao amante a infeliz necessidade de precisar dos objetos e pessoas amadas. Na concepção judaico-cristã, ao contrário, o amor não é  erótico, mas agápico, ou seja, é superabundância se ser que tem necessidade de se dar a todos continuamente. Exatamente por causa desta peculiar concepção do amor agápico que o pensamento judaico-cristão pode conceber nosso Deus como sendo, por definição, Amor: aquele Ser no qual se encontra a plenitude do Ser que se dá a todos os demais seres que são. Somos convidados, nesta liturgia, a vivenciarmos o amor agápico: abundância de doação a todos; não o amor erótico, que leva sempre ao egoísmo e á estagnação do ser espiritual do homem e da mulher, num fechamento excludente sobre si mesmo.
Uma ótima semana a todos!

Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo

domingo, 9 de outubro de 2011

XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM


Pe. Framcisco IVO, CM

XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Domingo, 09 de outubro de 2011
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO)

Irmãos e irmãs, neste vigésimo oitavo domingo do Tempo Comum, na primeira leitura do Livro do Profeta Isaías, ouvimos que o Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará com a desonra do seu povo em toda a terra. Este é o nosso Deus, esperemos nele, até que nos salve; este é o Senhor, nele confiemos hoje e sempre; vamos nos alegrar e exultar por nos ter salvo: a sua mão é poderosa e age em nossas vidas eficazmente.

Com o Salmista nós cantamos o Senhor que é pastor que nos conduz; não nos faltará coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes da vida ele nos leva a descansar. Para as águas repousantes ele nos encaminha, e restaura as nossas forças, quando somos oprimidos pelo peso da vida humana, na aridez de nosso deserto espiritual. Ele nos guia por caminhos seguros, pela honra do seu nome; mesmo que nós passemos pelo vale tenebroso da vida humana, peregrinando neste universo sensível e material, nenhum mal devemos temer; pois o Senhor está conosco com braço forte para nos dar segurança. Ele de fato, prepara à nossa frente uma mesa, bem à vista de todos, e com o óleo do Espírito Santo, ele unge nossas cabeças e corações; faz transbordar o nosso cálice da abundância de seu amor.

Na leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses, ouvimos que devemos aprender a viver na miséria e na abundância; aprender, com o Apóstolo, o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidades. Tudo nós podemos naquele que nos dá força. No entanto, nosso Deus proverá esplendidamente com sua riqueza a todas as nossas necessidades, em Cristo Jesus. Por isto, glorifiquemos seu santo nome para sempre.

No Evangelho Mateus apresenta Jesus voltando a falar em parábolas aos Sumos Sacerdotes e aos Anciãos, ensinando que o Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho; ficando indignado com os convidados, mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles; e disse: “A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes”. Não sejamos como esses convidados, indignos do grande banquete dos céus, pois a justiça divina é eficaz, sempre. Não confundamos a misericórdia divina com ausência de justiça ou com presença de fraqueza da parte de Deus: sua misericórdia é justa, sua justiça é misericordiosa; porém, não brinquemos com seu amor: deixemo-nos guiar pelo Senhor, através de seus santos caminhos do Espírito.

No próximo dia doze, celebraremos a Solenidade de Nossa Mãe e Padroeira Aparecida; preparemo-nos bem para esta Solenidade, procurando fazer, em família, algum tipo de devoção mariana, mesmo que seja a recitação de uma Ave-Maria antes de dormir. Maria de Nazaré recebeu de Deus o dom de ser sua humana Mãe de seu divino filho, para que ele pudesse ser nosso divino irmão a fim de também nos tornarmos filhos do Divino Pai Eterno.

Que o bom Deus nos abençoe, nos guarde e nos conduza a vida Eterna. Amém.

Uma ótima semana a todos!

Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo

domingo, 11 de setembro de 2011

XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM




Pe. Francisco IVO, CM 
XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM

DIA 11 DE SETEMBRO - DOMINGO

 Mateus 18,21-35
O capítulo 18 de Mateus, ao qual pertence o texto de hoje, procura mostrar aos seguidores de Jesus como viver a justiça do Reino dentro da comunidade, sobretudo em situações difíceis como, por exemplo, na questão do perdão. A pergunta de Pedro a Jesus demonstra que se trata de questão delicada: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes”. A parábola que segue é a resposta de Jesus. Ele mostra aos seus seguidores que, para entrar no Reino do Céu, é preciso superar a justiça dos doutores da lei e dos fariseus. De fato, a lei dos rabinos tinha chegado a um consenso sobre o número de vezes em que devemos perdoar quem nos ofendeu: era suficiente perdoar quatro vezes o mesmo erro. Pedro, ao fazer a pergunta, demonstra boa vontade em superar as barreiras da justiça humana codificada em quantidades numéricas. Ele imagina que sete vezes seja o limite máximo. Jesus vai mostrar que não se trata de números quantitativos. O perdão é questão de qualidade. Se não for total e contínuo não é perdão. Com isso amplia-se o que foi dito na oração do Pai Nosso: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Nós damos a Deus o método para nos medir. A resposta de Jesus a Pedro mostra que somente o perdão pode salvar uma comunidade da ruína: “Não lhe digo que até sete vezes, mas setenta vezes sete”, ou seja, sempre.
Na há limite para o perdão. A parábola do Evangelho de hoje contém três cenas sucessivas bem ligadas entre si. É uma comparação que ajuda a entender o que é a justiça do Reino. Na primeira cena encontramo-nos diante de um rei, que faz a gente se lembrar de Deus, que resolveu acertar as contas com seus empregados. Isso nos recorda que todos nós teremos de acertar as contas com Deus. A parábola vai logo ao que é mais importante, apresentando em primeiro lugar um empregado que devia dez mil talentos. Estranhamente, o texto não diz, em seguida, quanto o outro devia. É sinal de que cada pessoa deverá perguntar-se: A quanto chega a minha dívida com Deus? No seu conjunto, a parábola dá a entender que esse empregado que devia dez mil talentos somos todos e cada um de nós.
A parábola mexe com quantidades. Um talento de ouro pesava mais de 30 quilos. Ora, o empregado que somos nós tem uma dívida de dez mil talentos. É fácil fazer as contas. Maior é o susto quando chegamos aos resultados concretos: dez mil talentos é uma soma que ninguém conseguirá pagar. Mesmo vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía ainda não conseguiria saldar sua dívida. A segunda cena põe frente a frente aquele que foi perdoado e um de seus companheiros. Nesse caso, a dívida e insignificante se comparada com os dez mil talentos. A reação do empregado não é marcada pelas entranhas de misericórdia. Muitas vezes agimos exatamente ao contrário do que Deus faz conosco. O primeiro e único perdão é o que Deus nos concede gratuitamente. O resto é simplesmente misericórdia e gratuidade nas relações entre pessoas perdoadas. Não havendo misericórdia, também na haverá perdão por parte de Deus. Nossa dívida para com Deus, impagável, é inesperadamente perdoada, superando nossas expectativas e pretensões.
Que a palavra de Deus inflame nos corações para a prática do perdão.  Caso procedamos de outra forma Jesus nos diz que estamos autorizando a Deus para que nos trate da mesma forma com que tratamos nosso semelhante.

Uma ótima semana a todos!


Pe. Francisco Ivo

Paróquia São Pedro e São Paulo

sábado, 27 de agosto de 2011

22º Domingo Comum (28.08.11)

Homilia do 22º Domingo Comum (28.08.11)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista
“Seduziste-me, Senhor!”
Ansioso vos busco.
O profeta Jeremias é uma das expressões do Servo Sofredor que luta para libertar o povo do grande pecado que é firmar-se somente nas estruturas visíveis. Jeremias sofre por isso, pois está cansado em bater de frente com as autoridades e o próprio povo. Deus manda que tenha coragem, pois fez dele um muro de bronze… pois, lutarão contra ti (Jr 1,18). O templo, que era lugar do encontro com Deus e estímulo a uma vida de fidelidade, tornou-se um objeto somente de exterioridade, como um amuleto supersticioso. Jeremias ataca esse culto idolátrico (i.é usar Deus) das autoridades e do povo. O profeta conhece a vontade divina e a ela se entrega como quem se deixa possuir. A Palavra de Deus era um fogo que estava dentro dele com uma força que ele não conseguia reprimir. Este zelo por Deus e pela fé o faz continuar fiel na perseguição, nos sofrimentos e nas fragilidades. Não arreda o pé. A experiência de Jeremias é explicitada pelo salmo. Assim acontece quando há uma opção clara por Deus que se torna a fonte da vida e a meta de tudo o que se faz: “Deus, desde a aurora, ansioso vos busco. Minha alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água” (Sl 82). É o momento de analisarmos nossa opção de fé. Temos dois tipos de religião cristã: O que faz coisas espirituais boas, e o que vive em Deus. Sem essa busca enlouquecida de Deus, jamais, poderemos fazer da Palavra fonte de vida; dos sacramentos um encontro com Deus; da oração um diálogo com Deus, e do amor a razão da vida. Não existe uma fé sem Deus. Então nós fazemos como os contemporâneos de Jeremias tendo uma religião baseada numa tradição ou em ideologias. Defendemos princípios, mas não temos dentro de nós um fogo que nos consome que é o próprio Deus.

Tome sua cruz
Deixar-se seduzir por Deus tem como resposta a cruz de Cristo. Chamamos a cruz de sinal do cristão. Jesus começa a catequese mais aprofundada dos discípulos dizendo que sua morte é parte de sua missão. Pedro quer tirá-lo do caminho e recebe a reprimenda como dirigida a uma atitude de quem atrapalha o caminho de Jesus. Jesus tem em mente sua missão de Servo sofredor e Pedro a visão do Messias glorioso. O fundamental para esse encontro com Deus em Cristo que leva a cruz é a abnegação. Não é perder-se, mas buscar o tudo. Ganhando a alma, ganhamos tudo. Perdendo a alma, perdemos tudo. Toda a fortuna do mundo não vale a conquista do próprio coração, da própria vida. Ganhar a alma é ter a conduta de quem descobriu o verdadeiro valor da vida, o Reino. Não ficamos sozinhos, pois rezamos: “Minha alma se agarra em vós; com poder vossa mão me sustenta” (Sl 62).

Culto Espiritual
Pela vida em Cristo e no Espírito podemos ser um sacrifício espiritual. O sacrifício espiritual acontece em nosso corpo, por isso Paulo diz: “Exorto a vos oferecerdes como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual”(Rm 12,1). O culto cristão é em primeiro lugar e fundamentalmente no interior. Sem esse o culto público perde seu conteúdo. As atitudes fundadas no Espírito de Jesus são as oferendas. Por isso Paulo insiste: “Não vos conformeis com o mundo… mas transformai-vos renovando vossa maneira de pensar… distinguindo qual é a vontade de Deus” (2). O que vemos é as pessoas conformarem a fé à mentalidade do mundo. Se tivermos a sedução de Deus, vencemos.

Leituras:
Jeremias 20,7-9;Salmo 62; Romanos 12,1-2; Mateus 1,21-27

Homilia do 22º Domingo Comum (28.08.11)
1. Jeremias é uma das expressões do Servo Sofredor que luta para libertar o povo do mal. Reconhece a vontade divina e a ela se entrega. A Palavra de Deus é um fogo que está dentro de seus ossos. A fé o faz fiel a Deus e não recua. Tem a opção clara por Deus. É preciso a busca por Deus. Não há fé sem Deus. Não pode ser baseada em tradições e ideologias.
2. Deixar-se seduzir é assumir a Cruz como fruto da abnegação que dá a Deus o valor fundamental. Perder a alma é perder tudo. Ganhar significa ter a conduta de quem descobriu o verdadeiro valor da vida, o Reino.
3. Pela vida em Cristo e no Espírito podemos ser um sacrifício espiritual que acontece em nosso corpo. O culto cristão se faz primeiro no interior. As atitudes fundadas no Espírito são as oferendas. A meta é não se conformar com o mundo, mas transformar-se renovando o modo de pensar. Se tivermos a sedução de Deus, vencemos.

Saco vazio não para em pé.
Jesus, na palavra de hoje, ensina o sentido da vida: Deixar tudo para ter tudo. Os bens materiais são um nada. Vemos tantos grandões, endinheirados e poderosos deitados no caixão. Não levam nada! Nadinha de tudo. Nem reclamam.
Os que escolhem Jesus perdem muitas coisas, mas ganham o Tudo. É preciso manter esta escolha que deve ser total. Só assim será consistente.
O profeta Jeremias era um fraco, dizem que era medroso. Para mim, ele era um sofredor forte que tirava sua resistência na escolha que fez de ser de Deus. Isso não o deixava fracassar, mesmo quando bonita demais: Disse comigo: “Não quero mais me lembrar disso, nem falar mais em nome Dele”. Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo”.
Sem esse Deus dentro de nós, não paramos em pé. Saco vazio não para em pé. Cheio das maldades do mundo. Não dobra.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista



Uma ótima semana a todos!







Postagem:
Pe. Francisco Ivo

Paróquia São Pedro e São Paulo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Homilia da Assunção de Maria (21.08.11)

Homilia da Assunção de Maria (21.08.11)



Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista
“O Senhor fez em mim maravilhas”
Em união a Cristo
“Na festa da Assunção, a Igreja faz memória específica da total assimilação da Mãe de Deus a seu Filho, a partir da Ressurreição e Glorificação do Filho, na glorificação da pessoa – a alma e corpo – daquela que por primeira, esperança nossa, foi assumida depois de seu Filho na Glória divina” (T.Frederici). Cristo tomou a carne humana do seio de Maria e esteve, assim, unido intimamente a Ela. Com razão é chamada Mãe de Deus, pois Ele é Deus. Maria, por ter unido a si o Filho, esteve intimamente unida a Ele desde o primeiro instante de Sua Encarnação. Toda a vida de Maria está unida a Cristo pela assimilação total da Mãe de Deus a Seu Filho. Esta assimilação se dá também em sua Ressurreição e Glorificação. Por isso é glorificada. O fundamento da Assunção de Maria está nos méritos de Cristo em cuja previsão foi Imaculada e por cuja Glorificação foi levada ao Céu de Corpo e Alma. O sentido da festa da Assunção está ligado à Ressurreição de Cristo. Vencendo a morte, a Assunção de Maria dá-nos a certeza que Cristo venceu a morte não só para si mas para todos os homens. A Ressurreição de Cristo é garantia para a nossa ressurreição. A Assunção dá a certeza desta ressurreição, pois uma de nós, já a conquistou.
Eis a serva do Senhor Maria, ao tomar conhecimento das grandezas que Deus lhe concedeu, reconhece o Criador e sua pequenez diante Dele. Ela não é humilhada pela grandeza de Deus, mas o reconhece como todo poderoso e misericordioso para com todos. A bondade misericordiosa que teve para com ela é em favor de todos. Jesus diz: “Sede misericordiosos, como vosso Pai celeste é misericordioso” (Lc 6,36). Somos chamados a tomar conhecimento das grandezas que a graça de Cristo operou em nós. Somos chamados a dizer: ‘Minha alma glorifica o Senhor porque olhou para nossa humildade e nos colocou a serviço do Reino’. Podemos, com Maria, reverter o quadro do sofrimento do povo passando de uma religião intimista e individualista para uma fé transformante das estruturas do mundo pervertido pelo mal. É este mesmo mal que quebrou a mulher-Eva no Paraíso e é quebrado ao meio pela Mulher -Maria que não mordeu o fruto do pecado mas sim colheu o fruto da árvore da Vida, Jesus. Na Glória, Maria continua a Serva do Senhor em favor de todo o povo, como suplica em Caná: “Eles não em mais vinho!”. Continua atenta à perseguição que fazem aos filhos que, na realidade, é a seu Filho. Ela, perseguida pelo dragão, é símbolo da Igreja perseguida no mundo de hoje por tantos dragões. Mas este verão o seu fim. O mal será enfim vencido.
Participando de sua glória No salmo temos a figura da rainha que é levada ao rei acompanhada das amigas. Estas representam a comunidade que está com ela. O Rei se encantou com sua beleza (Sl 44,12). Participar da glória de Maria é ser irmão de seus filhos. Quem retira Maria da vida da Igreja, retira-se dos irmãos, como podemos contemplar no panorama de tantos que ferem o coração do povo acolhedor brasileiro que não foi feito para a malquerença. Implantada a morte do pecado, nós a vencemos com Cristo, como Maria venceu. A festa da Assunção de Maria é a festa da Igreja que nela se vê vitoriosa, como rezamos: “Aurora e esplendor a Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o povo ainda em caminho” (Prefácio). Em cada celebração rezamos com a gloriosa a Mãe de Deus e nossa Mãe. Ela continua dando Jesus.
Leituras:Apocalipse 1,19,a;12,1.3-6ª.10ab;Salmo 44; Coríntios 15,20-27ª; Lucas 1,39-56:
Homilia da Solenidade da Assunção de Maria (21.08.11) 1. A Mãe de Deus é assimilada ao Filho na Ressurreição e na glorificação. Como uniu a si seu Filho na Encarnação é assumida por Ele na Glorificação. Pelos méritos de Cristo é Imaculada e por sua Glorificação é glorificada. A Assunção de Maria é certeza que Deus dará a ressurreição a todos.
2. Maria reconhece o poder de Deus e sua pequenez diante dele. Somos também enriquecidos de tantas graças. E por elas nos colocamos a serviço do povo de Deus para uma mudança de situação. A Mãe perseguida salva o Filho e os filhos.
3. A comunidade está com ela. Participar da glória de Maria é ser irmão de seus filhos. Não se pode tirar Maria da Fé. O brasileiro não ama malquerença na fé. Vencemos com Cristo, como Maria venceu.
Pisando em cobra Na imagem da Imaculada Conceição e Nossa Senhora das Graças, Maria está pisando uma cobra. É uma lição. Para mim, cobra, nem pintada. Mas esta nós temos que enfrentar. A cobra simboliza a tentação que pode destruir a vida de Deus em nós. Eva foi tentada no Paraíso e caiu. Maria (a mulher do Apocalipse) é perseguida pelo Dragão e vence e salvando seu Filho e nós que também somos seus filhos.
Celebrar a Assunção de Maria ao Céu é reconhecer o que ela própria reconhece: a grandeza de Deus que salva. Essa salvação é receber de Deus o imenso dom de sua misericórdia.
A grande misericórdia de Deus para com Maria, livrando-a de todo o pecado, em vista dos méritos de Cristo em sua Paixão, é levar sua ressurreição à sua plena realização: levá-la ao Céu de corpo e alma já na sua morte.
A Assunção de Maria não é privilégio só dela. Jesus indo para o Céu na Ascensão levou consigo nossa natureza humana. É natureza marcada pela Divindade. O corpo de Maria, que faz parte de nossa humanidade pecadora, levou consigo para o Céu a natureza humana recuperada pela graça da Redenção que ela recebeu de modo admirável ao ser concebida.
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista
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HISTÓRICO DO TERÇO

Noticias de Roma

Domingo, 02 de maio de 2010, 11h47

Papa venera Santo Sudário em Turim, norte da Itália

Da Redação

''Cristo enfrentou a cruz para colocar um limite ao mal'', diz Papa em Turim
Bento XVI realizou, neste domingo, sua visita pastoral à cidade de Turim, norte da Itália, para venerar o Santo Sudário, mortalha que teria envolvido o corpo de Cristo ao ser colocado no túmulo. O pontífice partiu esta manhã às 8h15 do aeroporto romano de Ciampino e chegou às 9h15 locais ao aeroporto de Turim, onde foi acolhido pelo Cardeal Severino Poletto, Arcebispo de Turim, e outras autoridades eclesiais, além dos representantes do governo e pelo prefeito dessa cidade. A seguir, o Papa se dirigiu para a Praça São Carlos onde foi acolhido por mais de 50 mil fiéis. Bento XVI agradeceu a população de Turim pelo caloroso acolhimento e iniciou a celebração da Eucaristia. Em sua homilia, Bento XVI ressaltou que no passado a Igreja em Turim "conheceu uma rica tradição de santidade e generoso serviço aos irmãos graças à obra de zelosos sacerdotes, religiosos, religiosas de vida ativa e contemplativa e de fiéis leigos". Sendo assim, as palavras de Jesus no Evangelho de hoje, 'Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros', "adquirem uma ressonância particular para esta Igreja, uma Igreja generosa e ativa, a começar por seus padres" – frisou o papa. O Santo Padre sublinhou que "amar os outros como Jesus nos amou é possível somente com aquela força que nos é comunicada na relação com Ele, especialmente na Eucaristia, em que o seu Sacrifício de amor que gera amor se torna presente de modo real". O Papa disse aos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas de Turim, para que "centralizem sua existência no essencial do Evangelho; cultivem uma real dimensão de comunhão e fraternidade dentro do presbitério, de suas comunidades, nas relações com o Povo de Deus; testemunhem no ministério o poder do amor que vem do Alto". O Pontífice sublinhou que "a vida cristã, caros irmãos e irmãs, não é fácil; sei que também em Turim não faltam dificuldades, problemas, preocupações: penso, em particular, naqueles que vivem concretamente a sua existência em condições de precariedade, por causa da falta de trabalho, da incerteza pelo futuro, pelo sofrimento físico e moral; penso nas famílias, nos jovens, nas pessoas idosas que muitas vezes vivem a solidão, nos marginalizados, nos imigrantes". Bento XVI exortou as famílias "a viverem a dimensão cristã do amor nas simples ações cotidianas, nas relações familiares superando divisões e incompreensões, ao cultivar a fé que torna a comunhão ainda mais sólida". "Aquele que foi crucificado, que partilhou o nosso sofrimento, como nos recorda também, de modo eloqüente, o Santo Sudário, é aquele que ressuscitou e nos quer reunir todos em seu amor. Cristo enfrentou a cruz para colocar um limite ao mal" – disse ainda o Pontífice. O Papa exortou a Igreja em Turim a permanecer firme naquela fé que dá sentido à vida e que jamais perca a luz da esperança no Cristo Ressuscitado, "que é capaz de transformar a realidade e tornar novas todas as coisas" – concluiu o Santo Padre. Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias Conteúdo acessível também pelo iPhone - iphone.cancaonova.com

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