III DOMINGO DO TEMPO COMUM
DIA 22 DE JANEIRO – DOMINGO
(Marcos 1,14-20)
O tempo é dom precioso que recebemos de Deus e por isso deve ser aproveitado e vivido bem. A liturgia nos convida a agir sem demora, no momento presente, atendendo aos apelos de conversão e mudança suscitados pela palavra de Deus e pelos acontecimentos. Acolhamos em nossa vida o tempo da graça e da opção pelo evangelho. Em Jesus o tempo chegou à sua plenitude, e é isto que queremos celebrar em comunidade: a proximidade do Reino que se manifesta nas ações de Jesus e em nosso compromisso com a transformação da sociedade. A celebração da Eucaristia é um espaço que Deus nos concede para a conversão. Não somos mais santos do que os outros pelo fato de nos reunirmos para celebrar. Fora de nossas Igrejas pode haver gente que crê mais do que nós no Deus vivo e verdadeiro, e mais do que nós colabora com ele por meio do inconformismo profético. O apóstolo Paulo nos ajuda a discernir o momento presente. Para quem crê em Jesus, o Reino é o valor absoluto e insubstituível, mesmo que não estejamos vivendo momentos de expectativa em torno do fim do mundo.
Nos Domingos do Tempo Comum deste ano vamos refletir sobre o Evangelho de Marcos. Ele o escreveu com a preocupação de mostrar quem é Jesus aos que se preparavam para receber o batismo. A cada passo essa obra revela quem é Jesus. Ao mesmo tempo vamos conhecendo o que significa ser cristão.
No Evangelho deste III Domingo do Tempo Comum Marcos situa rapidamente o contexto em que aparece o programa de Jesus, sintetizado pela primeira declaração do Mestre nesse Evangelho. Temos uma vaga indicação de tempo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho”. Também a nós, hoje, assim como disse a Simão e André, Jesus convida: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”.
Somos, portanto, convidados a deixarmos imediatamente as redes de nossas ocupações e pré-ocupações quotidianas e seguir ao Senhor. As coisas deste mundo são passageiras e, se não dominadas com racionalidade e religiosa liberdade, sufocam e aniquilam o nosso espírito. O Senhor nos convida a deixar os nossos interesses pessoais, nossos Zebedeus, na barca de nossa vida medíocre e partir, seguindo o caminho do Amor incondicional.
De fato, o seguimento de Jesus exige coragem, destemor ... Não suporta a covardia espiritual! Ressoam em nossos corações as palavras do Senhor: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Sem conversão radical de vida, pensamentos, sentimentos e intenções, não existem fé e esperança. Sem fé viva e certa no Amor do Senhor, não existe conversão.
Com Jesus iniciou-se o tempo favorável, o dia da salvação. Peçamos ao Pai Celeste que o tempo de nossa existência seja marcado por suas intervenções de amor. Que as bênçãos de Deus caiam de forma copiosa sobre todos nós e nossas famílias.
Uma ótima semana a todos!
Pe. Francisco Ivo
Paróquia São Pedro e São Paulo
Paróquia São Pedro e São Paulo