quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A admirável conversão ao catolicismo de um muçulmano

A leitura da fascinante autobiografia de Muhammad Moussavi que narra sua conversão do Islã para o catolicismo mostra os milagres da graça e da correspondência humana, de um lado, e de outro a terrível dureza da lei islâmica e a perseguição em relação aos cristãos. O Preço a pagar, título do livro, resume bem o que teve que passar essa alma de escol para ser fiel ao chamado da graça. Após sua conversão ele adotou o nome de Joseph Fadelle.



Muçulmano de importante família
Fadelle pertencia a uma das mais importantes família muçulmanas chiitas do Iraque, o clan Moussavi. Seu pai, como chefe do clan era uma espécie de juiz e resolvia as pendência entre os membros do clan. Ao mesmo tempo era detentor de grande fortuna e prestígio.
Em 1987 Fadelle foi convocado para o exército do Iraque, então sob o domínio de Sadam Hussein, em plena guerra desse país com seu vizinho, o Iran. A essa altura ele tinha 23 anos e era solteiro.
Enviado para uma guarnição na fronteira com o Iran, ele foi alojado num quarto juntamente com um cristão. Ao saber que ia ficar com um cristão ele ficou indignado, pois como muçulmano e de uma família que descendia de Maomé, isso era uma insulto.
O desafio: você entende o Corão?
Mas, o cristão, de nome Massoud, era mais velho do que ele e o acolheu com gentileza, de modo que, pouco a pouco as prevenções foram caindo. Fadelle concebeu o plano de convertê-lo para o Islam. Numa ausência de Massoud, vendo entre seus livros um com o título Os Milagres de Jesus, ficou curioso e começou a lê-lo. Ele não tinha a menor idéia de quem se tratava, pois no Corão Jesus é chamado de Isa, mas ficou encantado com os milagres, como o das Bodas de Caná e atraído pela figura de Jesus.
Porém, ainda com o desejo de converter Massoud ao Islam, um dia perguntou-lhe se os cristãos tinham também um livro sagrado, como o Corão. Tendo tido a resposta de que os cristãos tinham a Bíblia ele pediu para vê-la, achando que seria fácil refutá-la.
Para surpresa sua, Massoud negou-se a mostrar o livro cristão e lhe fez uma pergunta surpreendente: se ele tinha lido o Corão. Tal pergunta era ofensiva para quem tinha sido criado no Islam, mas ele respondeu apenas que o tinha lido. Então veio a nova pergunta, esta sim, embaraçante: “Você compreendeu o sentido de cada palavra, de cada verso?”
Conta o futuro cristão que essa pergunta penetrou-lhe no cérebro como um dardo incandescente, pois, segundo o Islã o que importa não é entender o Corão, mas apenas lê-lo. Diante de seu embaraço, seu companheiro fez-lhe a seguinte proposta: que ele lesse de novo o Corão, mas agora procurando entender cada frase; depois disso ele lhe emprestaria o livro dos cristãos.
Desencanto com o Corão e um sonho místico
Muhammad aceitou a proposta o que veio mudar-lhe completamente a vida. Pois, à medida que procurava entender o sentido do que estava escrito no Corão, se dava conta de que havia muita coisa absurda ou sem sentido. A consulta a um Iman não lhe resolveu as dúvidas e cada vez mais ele foi ficando desencantado com o livro islâmico.
Era como se escamas caissem de seus olhos e ele passasse a ver pela primeira vez o que realmente dizia o Corão. Finda essa leitura atenta, meditada, ele chegou à conclusão de que esse livro não podia ser de origem divina.
Foi então que se passou um fato de natureza mística que preparou a sua conversão. Ele sonhou que estava num prado, à beira de um riacho e via na outra margem um homem muito imponente, extremamente atraente. Ele tentou pular para a outra margem, mas ficou parado no ar até que o misterioso personagem o tomou pela mão e o trouxe para junto de si e lhe disse: “Para atravessar o riacho, é preciso que tu comas o pão da vida.” Em seguida ele acordou.
O choque da conversão: Jesus é o pão da vida
Sem mais pensar no sonho, ele afinal conseguiu de Massoud o empréstimo dos Santos Evangelhos. Abrindo-o, deparou com o Evangelho de São João. A leitura o absorveu totalmente, fazendo com que ele sentisse grande bem-estar. Em dado momento, ficou profundamente emocionado por encontrar no livro as misteriosas palavras do sonho: “o pão da vida.” As palavras de Jesus no Evangelho eram claras: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (João, 6:35).
Narra ele: “Então se passou em mim algo de extraordinário, como uma deflagração violenta que leva tudo à sua passagem, acompanhado de uma sensação de bem estar e calor… Como se, de repente, uma luz brilhante iluminasse a minha vida de uma maneira inteiramente nova e lhe desse todo seu sentido. Tive a impressão de estar ébrio, ao mesmo tempo em que dominava em meu coração um sentimento de uma força indizível, uma paixão quase violenta e amorosa por este Jesus Cristo do qual falam os Evangelhos!”
O preço da conversão: a morte
A conversão foi plena, total e duradoura. Ele queria que Massoud o ajudasse a se transformar num cristão, mas aí encontrou resistência. Pelas leis islâmicas, um muçulmano que abandona o Islão, tornando-se cristão, deve ser morto, assim como aqueles que o levaram à conversão.
Em todo o caso, Massoud o ensinou a rezar e os dois passavam o tempo livre lendo os Evangelhos e rezando.
Mas, o cristão foi liberado do exército enquanto Muhammad estava de licença e este não o encontrou quando voltou. Pouco depois ele também foi liberado e voltou para a casa dos pais.
Anos de provação
Para Fadelle começou a grande provação que ia durar anos, exigindo dele uma fidelidade sem par.
Conforme lhe recomendara Massoud, ele procurava esconder sua conversão da família, embora evitando, sob vários pretextos, participar das orações muçulmanas em comum, com a família. Ao mesmo tempo ele tentava aproximar-se dos cristãos. Mas estes, temiam aceitá-lo nas igrejas, por não conhece-lo, e temerosos pelo clima de perseguição em que viviam.
O consolo de Fadelle era ler, às escondidas, a Bíblia que havia ganho de Massoud, meditando especialmente os Evangelhos. Por fim ele conseguiu, através de um cristão com o qual fez amizade, frequentar uma das igrejas, mas o tão ansiado batismo não se realizava.
O tempo foi passando e em 1992, seu pai comunicou-lhe que tinha arranjado uma noiva para ele e que ele devia se casar. Tratava-se de uma moça do mesmo meio social e, evidentemente muçulmana, chamada Anuar.
Após o casamento e o nascimento de um filho, Fadelle, que continuava a frequentar a igreja secretamente, encontrou um Missionário estrangeiro no Iraque que aceitou prepará-lo para o batismo. Mas aconteceu então algo inesperado. Sua mulher, que não entendia aonde ele ia todos os domingos, um dia, quando ele voltava da missa, o interpelou, julgando que ele estivesse indo ver outra mulher. Pego de surpresa e sem pensar no que ia dizer, Fadelle respondeu que ela se enganava: o que acontecia era que ele era cristão e estava indo à missa todos os domingos.
Conversão de sua mulher
Sua mulher ficou totalmente chocada com a notícia de que ela estava casada com um cristão. Descomposta, ela fugiu e se trancou no quarto. Depois, na ausencia do marido, pegou o filho e foi para a casa da mãe.
Fadelle deu-se então conta do perigo. Ela iria contar para a família dela que ele era cristão e com isso ele seria condenado à morte. No entanto, por um milagre, a mulher não disse nada aos familiares e depois aceitou voltar para casa. Mais do que isso, ela pediu que ele explicasse melhor o que era o cristianismo. Ele empregou o mesmo método que Massoud tinha usado com ele: pediu que ela relesse o Corão procurando prestar atenção no sentido das palavras, na doutrina expressa. E como acontecera com ele, ela também ficou chocada, especialmente com o modo como o livro islâmico trata a mulher.
Depois de ler os Evangelhos, Anuar começou a frequentar com o marido, às escondidas, a igreja e a ter aulas de religião com o missionário.
Ameaça de morte e prisão
Em 1997, deu-se um fato capital na vida de Fadelle. Sua família acabou percebendo seu distanciamento do Islam e ficando desconfiada de que algo estava acontecendo. Em uma ausência do casal, que tinha ido à igreja, seus irmãos revistaram sua casa e descobriram o exemplar da Bíblia. Interrogando seu filho criança, este fez o sinal da cruz que havia aprendido dos pais.
No dia seguinte, de manhazinha, Muhammad foi levado à casa dos pais sob um pretexto urgente. Quando entrou na sala principal, imediatamente começou a ser espancado pelos irmãos e tios, na presença do pai. Este, no auge da indignação o acusou de ser cristão, mas, o mais terrível foi ouvir sua própria mãe proferir estas palavras inauditas:
“Matai-o e jogai seu corpo no esgoto!”
Embora ele não tenha sido morto nessa ocasião, Fadelle foi levado por um primo, membro da polícia secreta, para a prisão política de Sadan Hussein. A intenção era torturá-lo para que ele revelasse o nome dos cristãos que o tinham “corrompido.” Durante três meses ele foi duramente torturado e perdeu quase a metade de seu peso, sendo depois libertado sem nada revelar. A família fingiu que tudo tinha sido um engano, mas pôs uma de suas irmãs para morar em sua casa para vigiá-lo.
Fuga do Iraque e batismo
Usando vários estratagemas, Fadelle conseguiu manter o contacto com o missionário, o qual, entretanto, mandou que ele deixasse o Iraque, por proteção própria e dos cristãos de Bagda.
Afinal, em abril de 2000, depois de muitas peripécias, o casal e dois filhos (havia nascido uma menina), conseguiram fugir para a Jordania onde, por fim ele pode realizar seu tão ansiado sonho: ser batizado. E não somente ele, mas também sua mulher. Ele tomou o nome de João (mas ficou conhecido como José) e ela de Maria.
A tentativa de assassinato
Entretanto, a tranquilidade para praticar o catolicismo ainda não tinha sido encontrada. Sua família, quando percebeu sua fuga, passou a procurá-lo e acabou por localizá-lo na Jordânia. Em dezembro do mesmo ano, quatro de seus irmãos e um tio, conseguiram atraí-lo para um lugar deserto onde, após breve discussão, em que exigiam sua apostasia do cristianismo, tentaram executar a fatwa que o condenava a morte por abandonar o Ilsã. Por milagre os tiros dados, apesar de serem a queima-roupa, erraram por pouco o alvo e, apesar de estarem sozinhos, ele ouviu uma voz feminina mando-lhe correr, o que ele fez. Afinal, já mais distante, uma bala atingiu seu tornozelo e ele caiu na lama, desmaiando. Seus agressores pensando que ele tinha morrido, fugiram.
Levado por um desconhecido a um hospital e depois tratado por médicos cristãos em sua casa, Fadelle recebeu ordem das autoridades eclesiásticas jordanianas de abandonar o país para não pôr em risco a comunidade cristã. Obteve refúgio na França onde vive até hoje.
A beleza de uma alma reta
O modo como Fadelle se deixou atrair pela graça para o catolicismo, mostra como sua alma tinha uma profunda retidão e como sua pertença ao Islã era apenas fruto das circunstancias de nascimento e família. Ele estava preparado para, posto em contacto com a verdade, aceitá-la, ainda que isso o levasse a perder todos os confortos e privilégios de uma posição social elevada e a sofrer terríveis perseguições, inclusive o risco de vida.
Sua conversão e o de sua mulher, fazem ver como existe a possibilidade de conversão de muçulmanos e como muitos ansiam, sem o saber por esse “pão da vida,” que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Rezemos por essas almas e pelos cristãos tão perseguidos nos países islâmicos.
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HISTÓRICO DO TERÇO

Noticias de Roma

Domingo, 02 de maio de 2010, 11h47

Papa venera Santo Sudário em Turim, norte da Itália

Da Redação

''Cristo enfrentou a cruz para colocar um limite ao mal'', diz Papa em Turim
Bento XVI realizou, neste domingo, sua visita pastoral à cidade de Turim, norte da Itália, para venerar o Santo Sudário, mortalha que teria envolvido o corpo de Cristo ao ser colocado no túmulo. O pontífice partiu esta manhã às 8h15 do aeroporto romano de Ciampino e chegou às 9h15 locais ao aeroporto de Turim, onde foi acolhido pelo Cardeal Severino Poletto, Arcebispo de Turim, e outras autoridades eclesiais, além dos representantes do governo e pelo prefeito dessa cidade. A seguir, o Papa se dirigiu para a Praça São Carlos onde foi acolhido por mais de 50 mil fiéis. Bento XVI agradeceu a população de Turim pelo caloroso acolhimento e iniciou a celebração da Eucaristia. Em sua homilia, Bento XVI ressaltou que no passado a Igreja em Turim "conheceu uma rica tradição de santidade e generoso serviço aos irmãos graças à obra de zelosos sacerdotes, religiosos, religiosas de vida ativa e contemplativa e de fiéis leigos". Sendo assim, as palavras de Jesus no Evangelho de hoje, 'Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros', "adquirem uma ressonância particular para esta Igreja, uma Igreja generosa e ativa, a começar por seus padres" – frisou o papa. O Santo Padre sublinhou que "amar os outros como Jesus nos amou é possível somente com aquela força que nos é comunicada na relação com Ele, especialmente na Eucaristia, em que o seu Sacrifício de amor que gera amor se torna presente de modo real". O Papa disse aos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas de Turim, para que "centralizem sua existência no essencial do Evangelho; cultivem uma real dimensão de comunhão e fraternidade dentro do presbitério, de suas comunidades, nas relações com o Povo de Deus; testemunhem no ministério o poder do amor que vem do Alto". O Pontífice sublinhou que "a vida cristã, caros irmãos e irmãs, não é fácil; sei que também em Turim não faltam dificuldades, problemas, preocupações: penso, em particular, naqueles que vivem concretamente a sua existência em condições de precariedade, por causa da falta de trabalho, da incerteza pelo futuro, pelo sofrimento físico e moral; penso nas famílias, nos jovens, nas pessoas idosas que muitas vezes vivem a solidão, nos marginalizados, nos imigrantes". Bento XVI exortou as famílias "a viverem a dimensão cristã do amor nas simples ações cotidianas, nas relações familiares superando divisões e incompreensões, ao cultivar a fé que torna a comunhão ainda mais sólida". "Aquele que foi crucificado, que partilhou o nosso sofrimento, como nos recorda também, de modo eloqüente, o Santo Sudário, é aquele que ressuscitou e nos quer reunir todos em seu amor. Cristo enfrentou a cruz para colocar um limite ao mal" – disse ainda o Pontífice. O Papa exortou a Igreja em Turim a permanecer firme naquela fé que dá sentido à vida e que jamais perca a luz da esperança no Cristo Ressuscitado, "que é capaz de transformar a realidade e tornar novas todas as coisas" – concluiu o Santo Padre. Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias Conteúdo acessível também pelo iPhone - iphone.cancaonova.com

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